European Portuguese word of the week (#194): descapotável

Olá a tod@s! Depois de algumas semanas a falar de situações que podem ser menos desagradáveis, hoje vamos fazer uma viagem de carro em estilo para espairecer!

Não interessa onde queiram ir, mas há imensos sítios fantásticos para visitar em Portugal. Especialmente em dias de sol e secos, sem muita humidade, sabe bem levar com o vento na cara ao volante de um descapotável, um carro cujo tejadilho é amovível ou não-existente. A cobertura que serve de tejadilho e que pode ser colocada em caso de chuva ou outras intempéries é [a] capota, e é por essa razão que o carro é descapotável, ou seja, sem capota.

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A sair do descapotável. Photo by Ivandrei Pretorius on Pexels.com

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European Portuguese idiom of the week (#193): fazer de vela

Olá a tod@s, e bem-vindos a mais uma Expressão Idiomática da Semana!

Como vos disse na semana passada, em Portugal é comum celebrar o Dia de S. Valentim como Dia dos Namorados, sempre a 14 de fevereiro todos os anos. Por essa razão, e passada essa data, lembrei-me de escrever um artigo que vos desse a conhecer uma expressão típica da língua portuguesa sobre relacionamentos. Espero que gostem!

A expressão de hoje, fazer de vela, significa ser a terceira pessoa num encontro romântico, aquela que não faz necessariamente parte do casal e que pode ou não estar a incomodar o clima romântico! Em inglês, uma expressão semelhante é third wheel; enquanto a língua inglesa pensa em triciclos (não necessariamente coisas más), o português pensa na terceira pessoa como uma vela que se coloca no meio da mesa para dar um ambiente especial a uma refeição!

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Um jantar romântico a dois e a vela. Photo by rawpixel.com on Pexels.com

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European Portuguese word of the week (#192): cocó

Bom dia/tarde/noite a tod@s! Hoje é dia de mais uma Palavra da Semana!

Prometo que não a escolhi para honrar o Dia dos Namorados amanhã (isso fica para a próxima semana – é sempre melhorar celebrar os eventos depois de acontecerem), mas a palavra de hoje não deixa de ser relevante, talvez por ser igualmente muito utilizada e também um pouco tabu.

Falo-vos de [o] cocó, essencialmente a palavra portuguesa mais comum e informal para nos referirmos aos excrementos, humanos e não só, que temos de evacuar de vez em quando do nosso corpo para garantir que não explodimos! Como qualquer outra palavra associada a estes processos corporais, pode ser substituída por outras mais científicas ou menos informais/infantis como [as] fezes. O verbo cagar ou fazer cocó, também bastante comuns e informais, pode ser substituídos por defecar em contextos mais formais. Se precisarem de ir à casa de banho para fazer o que quer que seja, não precisam de dizer a quem de direito o que lá vão fazer, basta pedir para usar a casa de banho!

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Um cão a fazer cocó. Photo by Pixabay on Pexels.com

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European Portuguese idiom of the week (#191): nem que a vaca tussa

Olá a tod@s, e bem-vind@s a mais uma Expressão da Semana aqui no The EP Experience! Espero que tenham todos tido uma boa semana e que estejam entusiasmados para aprender mais uma expressão idiomática em português.

A expressão de hoje é muito engraçada, porque também remete para algo que é muito comum (como a maioria das expressões, trata-se de apropriar alguma coisa que conhecemos muito bem e dar-lhe uma nova identidade). Em muitos casos (como os amigos da onçair dar banho ao cão, ou andar às aranhas), os animais são utilizados para fazer essa ligação. No artigo de hoje, falamos de vacas! 🐮🐄

A vaca é um animal muito conhecido por ser fonte de leite. O som que as vacas fazem chama-se [o] mugido ou, como verbo, mugir. Uma coisa que as vacas não costumam fazem muito é tossir – tal como no caso dos humanos, a tosse nas vacas é sinal de doença, e portanto é igualmente incomum e pouco desejável nos pobres bichos.

A expressão “nem que a vaca tussa” surge precisamente dessa evidência. Não é comum uma vaca tossir, mas não importa: mesmo que o faça, não vamos fazer o que quer que seja. Assim, “nem que a vaca tussa” significa “de maneira nenhuma, em circunstância alguma, nunca”. Serve para defender uma posição de forma veemente, afirmando que não se fará alguma coisa, nem mesmo que algo de extraordinário aconteça.

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